quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sly & Family Stone - A Whole New Thing 1967

Sly & the Family Stone
Informação geral
Origem São Francisco, Califórnia
País Estados Unidos
Gêneros Funk - Soul - Soul psicodélico - R&B - Rock - Rock psicodélico - Pop Rock
Período em atividade 1966-1975, 1976–1983, 2007-2008
Gravadora(s) Epic, Warner Bros. Records
Afiliações Little Sister
Página oficial http://www.slystonemusic.com http://www.familystonemusic.com http://www.slystonebook.com

Sly & the Family Stone foi uma importante e influente banda norte-americana de soul e rock formada em São Francisco, Califórnia. Ativo de 1967 a 1975, o grupo teve um papel primordial no desenvolvimento da músical soul, do funk e do psicodelismo. Liderada pelo cantor, compositor, produtor musical e multi-instrumentista Sylvester "Sly Stone" Stewart e formado por vários membros de sua família e amigos, o grupo foi também importante por ter sido a primeira banda norte-americana a ter uma formação multicultural, dando a negros, brancos, homens e mulheres papéis importantes na sua instrumentação.

A banda tornou-se especialmente conhecida durante os anos 1967 a 1972, influenciando toda a música pop norte americana em geral, e mais especificamente o soul, R&B, funk, e mais tarde o hip hop. Alcançou por cinco vezes o Top 10 dos Estados Unidos com temas de grande sucesso e editou quatro álbuns de grande divulgação. O disco "Dance to the Music" tornou-se um sucesso internacional sendo que os "Sly & the Family Stone" tornaram-se o grupo afro-americano mais popular da época. Seguiram-se rapidamente outros sucessos, inclusive "Hot Fun in the Summertime", "Everyday People" e "Thank You for Letting Me Be Myself Again". Em 1969 participaram no Festival de Woodstock, ao lado de outros grandes nomes da música mundial, tocando para meio milhão de pessoas. Mais tarde, actuaram para 300.000 pessoas na Ilha de Wight, na Grã-Bretanha e para 350.000 num festival de música na República Federal da Alemanha.

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Palcovivo Rockdivision 2011
Rock é Cultura
Um feliz natal à todos...




Sly & Family Stone - Dance to the Music 1968

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Sly & Family Stone - Life 1968


Terceiro disco da melhor fase desse combo multi-racial...

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Corky Laing - Makin' it on the street 1977

Disco solo do baterista do Mountain e do supergrupo West, Bruce & Laing.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Andy Fraser - Andy Fraser Band 1975





Andy Fraser ( Londres, 7 de agosto de 1952) é um músico inglês, mais conhecido por seu trabalho como compositor e baixista da banda Free. Ele começou tocando piano aos cinco anos de idade e, aos 15, já estava tocando baixo na banda de John Mayall. Aos 16, ele passou a integrar - com Paul Rodger (vocal), Paul Kossoff (guitarra) e Simon Kirke (bateria) - a banda Free. Fraser produziu e é co-autor da canção "All Right Now" com Rodgers. A música ficou em primeiro lugar nas paradas de sucesso em 20 países. Depois de deixar o Free, Fraser formou bandas e trabalhou como compositor. Joe Cocker, Frankie Miller, Robert Palmer, Chaka Khan, Ted Nugent, Wilson Pickett, Lulu, Paul Young, Three Dog Night, Paul Carrack, Rod Stewart, Randy Crawford, Bob Seger, Joan Jett e Etta James são alguns dos intérpretes que gravaram suas canções.


Ele formou o Andy Fraser Band, um trio com Kin Turner na bateria e Nick Judd nos teclados; em 1974. Eles gravaram dois álbuns, Andy Fraser Band (1974) e In Your Eyes (1975), antes de se separarem.

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Fonte: nukebass blogspot (excelente blog)

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Felix Pappalardi - Don't Worry, Ma


Felix Pappalardi, produtor, compositor, baixista virtuoso e um vocal de arrepiar começou sua carreira na cena folk do Greenwich Village no começo dos anos 60.
Logo começou a produzir discos para grupos locais chamando a atenção da gravadora Atlantic Records. Pappalardi logo se tornou o menino de ouro da Atlantic.
Produziu para o selo ATCO tres discos do supergrupo inglês Cream; Disraeli Gears, Wheels of Fire e Goodbye, três clássicos indiscutíveis da discografia rockeira. Após o fim do Cream Pappalardi resolve apostar todas as suas fichas em um jovem guitarrista chamado Leslie West e com ele forma o supergrupo Mountain...
Resumindo, o cara é gênio, tem todas as referencias clássicas e muito rockeiro por aí nem sabe do que se trata.
O disco em questão "Don't Worry Ma" é um disco solo de Pappalardi de 1979 repleto de influências ( soul, funk,blues, etc), mas com o estilo tão familiar do velho mestre...

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Snafu - All Funked Up 1975



Uk R&B Funk Rock Band, com Micky Moody na guitarra, que logo após esse disco se juntou à David Coverdale para formar o Whitesnake original...

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Password: sakalli
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sábado, 3 de dezembro de 2011

Stories - About Us 1973


Sensacional esse segundo registro sonoro do Stories. Destaque para "Love is in motion".

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ian Lloyd & Stories - Traveling Underground 1973



Obra Prima do mestre Ian Lloyd, na minha humilde opinião um dos maiores vocalistas de rock de todos os tempos. Simplesmente perfeito da primeira à última faixa.


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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Egisto Dall Santo Tríade Exp 2007


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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Head Over Heels 1971

Hard rock setentista de dar gosto...Ideal para sexta feira à noite...

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Fonte: Muro do Rock (Excelente Blog)
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Volume 10 - Open your Eyes



Banda de Hard Rock formada em Porto Alegre (mais precisamente no Bom Fim) nos anos 90 sob a liderança do guitarrista Iben Ribeiro. Participou do Cd Excluídos 2, lançado em 1997 de forma independente pela gravadora Purnada Y Pranada, com duas músicas:"Open your Eyes" e "Old and Lonely Woman", as duas de autoria de Iben Ribeiro e Homero Luz...

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Anos Blues - Statesboro Blues



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Anos Blues - You know that you love me



Show da saudosa banda Anos Blues no Teatro Porto de Elis em 1993

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B.B. King - Live at the Regal 1965



Disco de cabeceira de Eric Clapton, Paul Rodgers e Paul Kossof...

Fonte: Muro do rock (Excelente blog de classic rock)
Senha pra descompactar: muro

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cream - Live Cream Vol. 1


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Longas jams e improvisos intermináveis fazem desse disco um item de dificíl audição na consagrada discografia do cream, principalmente para os fãs, ansiosos por ouvir as canções de sucesso da sua banda favorita. Porém, o disco mostra grandes momentos de uma banda que literalmente pegava fogo no palco, como em "N.S.U" de Jack Bruce ou o blues lisérgico "Sleepy Time Time". "Sweet Wine e "Rollin' & Tumblin'"encerram a orgia sonora. O disco ainda trazia "Lawdy Mama" uma pérola de estúdio produzida por Felix Pappallardi.

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Trapeze - High Flyers



Coletânea com os maiores hits dessa banda inglesa que revelou ao mundo o cantor e baixista Glen Hughes. Ideal para iniciantes no assunto...

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Buddy Miles - Buddy Miles Live 1971



"Buddy Miles toca como se estivesse misturando cimento", disse uma vez Mitch Mitchell,baterista de Jimi Hendrix. Buddy também tocou com hendrix, no Band of Gypsys... Este disco ao vivo de 71 mostra buddy no auge de sua forma, em um set que é adrenalina pura. Buddy esbanja classe em releituras de clássicos como em "Down by the river" de Neil Young, para depois botar tudo abaixo com suas própias canções como em "Them Changes".
O homem se foi, mas seu legado jamais será esquecido...

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domingo, 6 de novembro de 2011

Sha-na-na - Rock & Roll is here to Stay 1971


Banda formada nos estados unidos no final dos anos 60 que promovia nos seus shows um revival da era de ouro do rock'n'roll (final dos anos 50). Se tornou célebre por sua performance no festival de Woodstock que aconteceu em agosto de 1969...Esse é o primeiro lp da banda que saiu pelo selo Kama Sutra. Disco raríssimo, arquivo ripado do vinil original...

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Atlantis - Get on Board 1975

Quarto registro sonoro da banda Atlantis, com a cantora Inga Rumpf...
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sábado, 5 de novembro de 2011

Atlantis - Atlantis 1972



Inga Rumpf
Disco de estréia da banda Atlantis...

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Atlantis - Ooh Baby! 1974

Inga Rumpf - Cantora alemã de rock
Bolacha de 1974 da banda Atlantis, liderada pela cantora Inga Rumpf...

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Vivendo a vida de Lee Part 4


Carlinhos Tascht & Gelson Schneider
O último post de uma série sobre a cena musical e roqueira de Porto Alegre e a programação da saudosa Continental AM nos anos 70.Nelson Coelho de Castro, Gilberto Travi & Cauculo IV, Almondegas, Élbia, Recado Rural, Mauro Kwito e Hallai Hallai entre outros...


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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Luciano Albo - Sunflower Demotape 1996



Um momento de rara inspiração na cena roqueira gaúcha foi a sunflower demotape do multi-instrumentista Luciano Albo. Gravado em casa, com um multitracker(gravador de k7 com vários canais), a demo mostra que Albo é um compositor de mão cheia e um músico versátil e fluído. Albo conta com a ajuda de uns poucos parceiros, como Márcio Petracco, em "Sweet Marian" tocando slide guitar, ou em "Flower" no pedal steel guitar. A demo conta ainda com os vocais de Homero Luz, em quase todas as faixas, e Lawrence David, cantando "Sundance Lady". Albo toca baixo, bateria, guitarra ritmo e solo, teclados, backin' vocals e canta a faixa "The Face of God". Valeu Albo pelos bons momentos que passei ouvindo a sua música...

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Vivendo a vida de Lee Part 3

Mr. Lee & Hermes Aquino

Terceiro post da série sobre os lendários concertos de rock idealizados e executados por Mr. Lee, alter ego do radialista Júlio Fürst. A contribuição desse cidadão para a cena musical e roqueira nos anos 70 é incomensurável...
Fernando Ribeiro, Almondegas, Hermes Aquino entre outros...


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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vivendo a vida de Lee Part 2

Gelson Schneider - Byzarro

Mais gravações históricas ao vivo de artistas gaúchos nos anos 70....Byzarro, Bobo da Corte, Fernando Ribeiro, Inconsciente Coletivo, Zé Flávio & Mantra e Hermes Aquino em uma versão ao vivo de "Michelle" dos Beatles...
Documento histórico...
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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Vivendo a vida de Lee - A História

Mr Lee
VIVENDO A VIDA DE LEE – WOODSTOCK EM PORTO ALEGRE

por Rogério Ratner


“É Lee, é calça Lee, é Lee, é calça Lee...” (baixa o som do jingle, entra a voz com eco, com muita energia e rapidez na dicção): ”na superquente Continental, o novo movimento, o som daqui, já gravado no estúdio 2 da superquente, especial para Mr. Lee em concerto, isso é viver a vida de Lee, é você estar ligado na Continental, ao natural, curtindo o que os nossos têm pra nos dizer, gente daqui, o novo movimento, a força do som local (...)”; “superquente Continental, fique parado aí xará, é gente nossa, som feito aqui no Porto, aqui na superquente com Mr. Lee, os melhores da música do sul do país, o som que levou mais de cinco mil pessoas para o Araújo Viana, pra curtir o Concerto número II, você está sintonizando, curtindo a superquente (...)”; “Lee, a proposição de uma força nova, uma coisa daqui, com a força total da superquente Continental (...)”. (“Living the life of Lee, living the life of Lee...”, baixa o jingle, entra a voz): “Vivendo a vida de Lee, o importante é você olhar pra uma Lee e saber que é Lee, Mr. Lee em concerto, pra você ficar por dentro do que está acontecendo de bom, um trabalho de estrutura, pra você curtir o som local, valorizar a nossa música, saca o som, o ritmo autêntico, o recado natural, com a liberdade de Lee, saca a força desta guitarra (...)”; “isso é viver a vida de Lee, é você estar ligado na Continental, ao natural, gente daqui, do novo movimento, a força do som local, um lançamento de Mr. Lee para todo o sul do país, Mr. Lee em concerto, dando força para os novos talentos, saca o som, o recado (...); “pra qualquer hora, qualquer lugar, em qualquer tempo, Lee jeans, veio de muito, muito longe, andou muita estrada pra ficar junto de você, jeans, a roupa que dá consistência ao corpo e “guenta” o tirão, pra você curtir a total liberdade num mundo todo azul, prestigie e valorize os nossos músicos, “vamo” curtir o recado, com Mr. Lee em Concerto, dando força para os novos talentos, a onda 1120 superquente Continental, com 20 Kilowatts transistorizados...”

Quem viveu na década de 70 em Porto Alegre e era jovem - ou criança, como eu, que tinha por volta de dez anos, à época - certamente nunca mais se esqueceu da voz e da animação incontrolável do Mr. Lee, captada em nossos incipientes radinhos de pilha, ou então nos velhos rádios e eletrolas dos “coroas”. Mr. Lee – personagem hoje mítico no imaginário das novas gerações do “som local” e na lembrança de seus contemporâneos setentistas, que a princípio deveria corresponder a um cowboy americano, mas que aos poucos foi se transmutando em um legítimo “magro do Bomfa” (O Bomfim é o bairro onde aconteceram alguns dos principais agitos artísticos e musicais dos anos 60 em diante em Porto Alegre, e está intimamente ligado, enquanto cenário, ao rock e à música popular feitos na capital gaúcha), encarnado de corpo e alma pelo genial radialista Júlio Fürst, na igualmente espetacular e revolucionária Rádio Continental AM, emissora pertencente ao Sistema Globo de Rádio.
A Rádio Continental AM, que já existia desde os anos 60, mas que era uma emissora com programação semelhante a das rádios AM do interior, sem uma direção clara em sua programação, foi adquirida pelo Sistema Globo de Rádio no final dos anos 60. No início dos 70, Fernando Westphalen e Marco Aurélio Wesendonck assumem o comando da emissora, e recebem carta branca para repaginá-la. Assim, surgiu no dial portoalegrense uma proposta nova, sendo a Continental um dos primeiros veículos a apostar na segmentação da audiência jovem, uma vez que as demais rádios AM, de um modo geral, atuavam no esquema que ainda é atualmente utilizado naquela faixa de emissão, de notícias, entretenimento, esportes, política, etc., para o público em geral, não separado por faixas etárias. A Continental então traçou o “mapa da mina” cujos rastros foram seguidos a partir do início da década de oitenta por diversas rádios FMs na capital dos gaúchos e em seu entorno - quando a música jovem trocou de faixa no dial do AM para o FM -, formato que se alastrou por todos os “rincões do pampa” e que, guardadas as proporções, vigora até hoje. Além de Júlio, a rádio contou com diversos disk-jóqueis inovadores, tais como o Cascalho (a quem se pode atribuir a paternidade da expressão “magrinho”, tão em voga na Porto Alegre da época, e que identificava a “galera” jovem), Clóvis Dias Costa, Beto Roncaferro (que era o programador musical da rádio), entre outros. Veiculava também um programa dos então professores do cursinho pré-vestibular IPV, José Fogaça (atual Prefeito de Porto Alegre) e Clóvis Duarte (Programa Câmera Dois, na TV Guaíba). Inovava na locução, na linguagem, na informalidade de seus locutores e apresentadores, no marketing, na propaganda- que era feita especialmente para ser rodada em suas ondas -, contava com o comentário diário do escritor Luis Fernando Veríssimo, entre muitas outras novidades, sendo a primeira emissora “cientificamente” criada no Sul especialmente para o público jovem e universitário. Isso numa época em que tudo no país era muito “quadrado”, o Brasil estava em plena ditadura militar, momento da vida nacional em que o “É proibido proibir” do maio de 1968 descambou no pesadelo do “Nada é permitido, inclusive pisar na grama”. E a Continental não raras vezes bateu de frente com a ditadura e sua famigerada censura, tendo inclusive sido retirada do ar em determinados ocasiões, além de ter que conviver diariamente com o “bafo” dos censores.
Analisando-se o fenômeno em que se constituiu esta rádio - e sem embargo quanto a todos os seus inegáveis méritos e o papel de vanguarda em diversos aspectos, como já assinalado -, observa-se que o trabalho de Júlio Fürst na Continental indiscutivelmente se revestiu de um caráter único, não apenas pelo estilo próprio de apresentar o seu programa, mas também pela proposta que destemidamente bancou junto aos diretores da emissora, que trouxe conseqüências espetaculares para o desenvolvimento e a divulgação do rock gaúcho e da MPB feita no sul.
A história começa mais ou menos assim: Júlio, que é baterista, atuava em um conjunto melódico (tocavam em bailes e festinhas) nos anos 60, e no início dos 70 teve uma loja de discos na Avenida Independência, então um dos points da juventude portoalegrense. Um amigo seu -que veio a ser proprietário de inúmeras casas noturnas famosas na capital gaúcha-, indicou-o para trabalhar na Rádio Pampa AM, que tentava fazer frente à monopolização que a Continental estava obtendo frente ao público jovem das classes A e B (e parte da C). O trabalho de Júlio chamou a atenção da Continental, e após um tempo ele e o seu “fiel escudeiro” Beto Roncaferro se foram de “mala e cuia” para a concorrente. Inicialmente, Júlio apresentava um programa de soul/funk americano, encarnando “Julius Brown”, um negão “típico” do Bronx que transmitia em português, embora o locutor seja um indisfarçável descendente de alemães. Chegou a discotecar festas no Clube Floresta Aurora (entidade quase que exclusivamente freqüentada pela comunidade negra da capital, que fazia festas semelhantes aos bailes realizados no Rio nos anos 70, em que vicejavam Banda Black Rio, Cassiano, Tim Maia, etc.), caracterizado como “negão black” clássico, ladeado por duas dançarinas com cabeleiras black power, na maior cara-de-pau. Então, ocorreu que, à época (início de 1975), a fábrica de roupas gaúcha Renner (da qual se originaram as Lojas Renner, hoje uma cadeia nacional) decidiu estabelecer uma espécie de franchising com a Lee americana, para produzir no Brasil as calças jeans como “originais”, tendo em vista que até então as calças da marca que circulavam por aqui eram todas importadas. Nos EUA, a Lee já tinha um programa transmitido coast to coast de música country, inclusive promovendo shows ao vivo. A Renner, que queria justamente penetrar na faixa de mercado do público jovem, propôs à Radio Continental que a emissora produzisse e transmitisse um programa nos moldes do americano. Então, “Julius Brown” foi aposentado e Júlio Fürst passou a encarnar o “Mr. Lee”. Desta forma, a partir de abril de 1975, Júlio apresentava (narrando em português, obviamente) o programa do Mister Lee, encarnando uma espécie de cowboy brasileiro e veiculando country americano. Em julho daquele ano, Júlio foi convidado para ser jurado do Musipuc, o festival mais importante de música universitária que se realizava na década de 70 em Porto Alegre. Encantado com a qualidade dos trabalhos que viu e ouviu ali, teve a idéia luminosa de propor à direção da Continental que os artistas locais gravassem suas músicas no próprio estúdio da Rádio, no gravador de dois canais constantes do Estúdio B, e que as músicas passassem a rodar em seu programa. Os diretores acharam a idéia um pouco maluca, e disseram que o risco seria do próprio radialista, caso aquilo redundasse num fracasso de audiência. Júlio, corajosamente, decidiu abraçar a “bronca”.
A proposta - que inicialmente consistiu na oportunidade de os músicos registrarem de forma semi-profissional seus trabalhos, gravando suas canções nos estúdios da própria rádio, numa época em que Porto Alegre não era dotada de estúdios efetivamente profissionais, e, melhor ainda, com a veiculação iterativa e efusiva das gravações no programa do Mr. Lee, e, posteriormente, inclusive na programação normal da rádio - desembocou em um verdadeiro movimento musical sem precedentes na cena portoalegrense, que não somente ganhou o Estado, como inclusive marcou presença no Paraná, apresentando o trabalho dos gaúchos aos paranaenses, e vice-versa. Foram shows e caravanas de músicos pelo sul do país, com auditórios lotados e, não raro, tumultos e fãs histérica(o)s. Quando os artistas apresentavam-se nos shows denominados “Mr. Lee in Concert”, subiam ao palco não raro tendo a platéia “na mão”, uma vez que o público jovem já conhecia as músicas por ouvi-las reiteradamente antes na rádio, não raramente cantando junto as canções. Nestes shows – e nos shows individuais e coletivos que os artistas passaram a fazer a partir daí - havia uma total identidade entre os espectadores e os artistas, assim como eles, jovens típicos da classe média gaúcha (e de outras classes também). Geralmente os artistas e o público estavam imbuídos das mensagens de “paz e amor”, de sonhos e utopias, nos rastros do movimento hippie e de outras viagens típicas dos anos 70. Além disso, as apresentações eram recheadas de toques sobre a “liberdade” e o vazio do mundo do consumo, mensagens que, diga-se de passagem, tinham que ser muito bem metaforizadas para conseguir “passar” pela censura. Os shows, guardadas as proporções, eram traduções miniaturizadas de Woodstock, festival americano no qual Júlio procurou se inspirar, e em vários aspectos eram mesmo correlatos deste. É claro que não tinham e nem podiam contar com toda a estrutura, a “piração” e liberdade vigorantes nos EUA dos 60, afinal ainda estávamos em plena ditadura, e a própria reunião de um grande número de jovens em um local fechado já era muito mal vista pelos censores, que exigiam que o radialista e os músicos lhe submetessem previamente o conteúdo do que iam falar ao público. Mas com certeza, em termos de número de atrações, qualidade, variedade, duração dos shows (o show no auditório Araújo Vianna durou uma eternidade) e animação, havia sim semelhança com o grande festival americano, guardadas as proporções, enfatiza-se. É preciso destacar também que, naquela época, meados dos anos 70, em que reinavam soberanos os vinis, os discos independentes eram raríssimos, limitando-se a eventuais e bissextas “matérias pagas” de algum “incauto” ou “milionário”, de forma que o esquema do Mr. Lee proporcionou que artistas amadores (em termos profissionais, não em questão de qualidade musical) e independentes pudessem registrar o seu som e divulgar de forma totalmente gratuita o seu trabalho, sem qualquer esquema de jabá ou coisa que o valha, muito ao contrário. Pra não fugir da regra, tudo isto somente aconteceu porque na hora certa estava no local certo a pessoa certa, com a atitude certa. Sem dúvida, se não fosse a coragem pessoal do Júlio Fürst, então no início de sua promissora carreira profissional de radialista e apresentador (a que, após este ciclo, deu continuidade, já despido do personagem, mas de forma não menos brilhante, na própria Continental e em diversas FMs da cidade, sendo que atualmente desempenha na Rádio Itapema FM), nada disso teria acontecido. É preciso lembrar que os fatos a que fazemos alusão ocorreram num cenário em que não havia significativas apostas em artistas jovens locais por parte da mídia - com raras exceções de incentivadores, tais como o grande radialista Glênio Reis, Pedrinho Sirótsky e o seu Transassom, bem como o suporte dado pela mídia escrita, especialmente por Juarez Fonseca, Maria Wagner, Osvil Lopes e Nei Gastal -. O contexto do mercado musical gaúcho era tal que os talentos surgidos inevitavelmente tinham que migrar para o centro do país para obter maior projeção e o merecido reconhecimento, sem que gozassem ainda de um ilimitado prestígio por aqui, tal como ocorreu nos anos 60 com Elis Regina e com o Liverpool (banda de rock tropicalista que na década seguinte deu base ao também lendário Bixo da Seda). E é justamente por conta desta realidade local, que a postura que Júlio decidiu abraçar com unhas e dentes se afigurava então uma incógnita, e se apresentava virtualmente temerária, não apenas comercialmente para a Rádio Continental, mas inclusive para o próprio futuro profissional do radialista. Com efeito, não havia muita referência acerca da viabilidade comercial desta proposta inovadora, à época, mas é indubitável hoje que, se não fosse pelo pioneirismo de Júlio e dos diretores da rádio, que respaldaram a sua idéia, certamente o mercado local de música em Porto Alegre não seria o que depois veio a ser, e tampouco o que é hoje. E o que chama mais atenção, e que nos revela que a coragem foi ainda maior do que se poderia inicialmente supor, é a extrema qualidade dos trabalhos veiculados, o que indica que a diretriz era no sentido de se promover um verdadeiro nivelamento “por cima” junto ao público. De fato, Júlio não “facilitava” para o público, não nivelava “por baixo”, não “empurrava” músicas fracas e escancaradamente comerciais “goela a baixo”, em busca de maior penetração junto à audiência. Ao contrário, os trabalhos musicais que o Mr. Lee apoiava não ficavam em nada a dever em relação ao que era produzido de melhor, à época, no resto do país, em termos de MPB, Pop e Rock. Júlio, com sua audácia e originalidade, demonstrou que era (e é) possível sim veicular música jovem de qualidade feita em Porto Alegre e obter com isso respaldo popular e resultados comerciais em termos de faturamento da emissora.
Infelizmente, o programa do Mister Lee deixou de ser produzido em face do desacordo havido entre a empresa patrocinadora e a direção da rádio, quanto aos valores do contrato de publicidade. Deste modo, Júlio já entrou o ano de 77 não mais como o cowboy, mas como “Mestre Júlio”, e sem o “gás” que o patrocínio proporcionou em termos de respaldo para a produção dos shows, que por serem coletivos e durarem horas a fio, envolviam altos custos. O fim do programa, em que pese a força que o radialista e o restante da equipe da rádio continuaram dando ao som local, representou um considerável revés para alguns dos trabalhos musicais que eram divulgados naquele espaço. Alguns outros artistas da cena conseguiram manter uma projeção ascendente em suas carreiras, em que pese tal fato.
Não seria arriscado dizer que possivelmente muitos de nós hoje não conheceríamos os excelentes músicos que afloraram daquela geração portoalegrense e gaúcha, que Júlio catapultou em seu programa e nos shows que promovia. Alguns destes artistas, se não fosse a ousadia do seu “empurrão” inicial, talvez não se tornassem tão famosos nacionalmente no futuro, tais como Kleiton e Kledir (então membros dos Almôndegas), Hermes Aquino (é, aquele mesmo da Nuvem Passageira) e Joe (roqueiro que começou pela MPB, vencendo uma das linhas da Califórnia da Canção, festival de música regionalista gaúcha, como Zezinho Athanásio, depois transmutando-se em “Joe Euthanásia” – observação: não chegou a participar de show do Mr. Lee, mas era rodado no programa), e Mauro Kwitko (autor de algumas das pérolas do repertório de Ney Matogrosso em sua carreira solo). Além, obviamente, talvez não viessem a obter projeção tantos outros nomes importantes que surgiram naquele período, tais como Fernando Ribeiro, Gilberto Travi, Inconsciente Coletivo, Nelson Coelho de Castro, e muitos mais. Mas não apenas isso, se não tivesse acontecido o movimento capitaneado pelo Mr. Lee -naqueles frenéticos dois anos aproximadamente em que o programa foi ao ar, do meio para o fim da década de 70-, não seria delírio pensar que muitos outros trabalhos importantes como os de Nei Lisboa, Bebeto Alves, Gelson Oliveira, Totonho Villeroy, Vitor Ramil, Júlio Reny, Jimi Joe, Wander Wildner, Frank Jorge - ou seja, um espectro que abrange o próprio Rock Gaúcho dos Anos 80, que estourou Brasil afora -, talvez não houvessem obtido tanta repercussão no futuro. Ocorre que vários dos radialistas importantes surgidos na década seguinte (a grande maioria inclusive hoje ainda na “ativa”), que deram o “empurrão” inicial necessário para impulsionar as carreiras destes músicos, eram fãs dos programas veiculados na Continental, e foram influenciados de alguma maneira pelo “modelo” do programa do Mister Lee, adotando a mesma postura de divulgar e apoiar valores locais novos em suas respectivas rádios FM. Pode-se rastrear a influência da Continental AM, ainda que de forma reflexa, na formatação das rádios Ipanema FM, Atlântida FM, Unisinos FM (notadamente em sua versão inicial, mesmo porque o seu criador assim o declarava), Band FM (o manager Kamarão também reconhece a influência), Gaúcha FM (atualmente Itapema), Pop Rock e FM Cultura (especialmente na época em que Zé Flávio foi o Diretor de Programação). Ou seja, nas principais estações de música jovem, rock e mpb da capital gaúcha.
Seguem abaixo alguns dos trabalhos e artistas veiculados pelo Mister Lee e pela Rádio Continental AM nos anos 70 ligados ao rock (ou ao pop rock, ou à MPB mais ligada ao pop). Não é ocioso registrar que, em entrevista pessoal que Júlio Fürst me concedeu, perguntei-lhe porque o Bixo da Seda, então o principal nome do Rock Gaúcho, não fez parte do “circo” do Mr. Lee. Segundo Júlio, isso deveu-se ao fato de que, embora tenha feito o convite ao empresário da banda, o mesmo pediu uma alta soma à guisa de cachê, o que a produção não tinha condições de cobrir, tendo em vista que os valores alcançados pelo patrocinador mal suportavam os custos de produção, sendo que os artistas (não raro dez ou doze bandas por evento) rateavam apenas o que sobrava, após o abatimento dos gastos, da renda da bilheteria.

- Inconsciente Coletivo: banda que misturava folk e mpb num formato “Peter – Paul – Mary “, com João Antônio (atualmente dono do Abbey Road, uma das principais casas de shows musicais de Porto Alegre, na qual é sócio de Júlio Fürst), Alexandre (um dos proprietários do Sargent Peppers, outra casa noturna importante da cidade) e a (psicóloga) Ângela. Um som suave, com violas e vocais, bem legal, em que se destacavam as músicas “Voando Alto” e “Terras Estranhas”, gravadas em um compacto lançado em 77 pela gravadora carioca Tapecar.
- Bizarro (posteriormente Byzarro): banda de rock progressivo, hard rock, jazz e o que mais pintasse. Criada nos anos 60 sob a alcunha de Prosexo, contou em sua formação com Carlinhos Tatsch (guitarra), Gélson Schneider (baterista, que posteriormente pertenceu às bandas Trovão, Swing e Câmbio Negro), Mário Monteiro (baixo) / Mitch Marini (baixista que também integrou as bandas mencionadas de Gélson). Fizeram vários shows em dobradinha com o Bixo da Seda. Destacam-se no repertório “Sombras” e “Betelgeus Star”.
- Bobo da Corte: na época do Mr. Lee, a banda tinha na formação Zé Vicente Brizola (filho do próprio e fundador do Bixo da Seda), Gatinha (bateria, posteriormente atuou no Saracura em sua fase inicial), Chaminé (baixo, depois Saracura) e Otavinho (guitarra). Fughetti Luz chegou a participar de uma das formações desta banda, antes de entrar para o Bixo. Rock direto levemente hard, numa levada bem juvenil, sendo de destacar “Genial Colegial”.
- Almôndegas: Banda seminal da música gaúcha dos anos 70, da qual participavam Kleiton e Kledir, e, ainda, Quico Castro Neves, Gilnei Silveira e Pery Souza. Depois, saíram os três últimos e entraram Zé Flávio, João Baptista e no finzinho (79) Fernando Pesão, este na bateria. Transitava pelo rock, bossa nova, milongas, temas regionais do Sul, Mpb e o que mais pintasse, com ótimas letras. Destaque para a Canção da Meia-Noite, que foi trilha da novela Saramandaia da Rede Globo, e Rock e sombra fresca no Quintal (ambas do genial guitarrista Zé Flávio).
- Hallai-Hallai: banda de country/folk rock, num estilo bem acústico, fazia um som muito legal, contava com Necão e Paulinho, entre outros membros que foram se revezando, sendo que em 1987, com Jorge Vargas no baixo, gravou um disco pela gravadora 3M, intitulando-se apenas como Hallai. Em destaque, as músicas “Cowboy” e “Quando viajar pro Norte” (esta de Fernando Ribeiro).
- Zé Flávio e o Mantra (posteriormente Mantra Jazz Rock circus): Banda capitaneada pelo guitarrista Zé Flávio, o qual, antes de monta-la, participou da banda-show Em palpos de Aranha, que também chegou a se apresentar em show do Mr. Lee (a Em palpos era Zé, Cláudio Levitan, Graça Magliani, Giba-Giba e Néri). O Mantra era formado ainda por Inácio (baixo), Fernando Pesão (bateria, também da banda instrumental Zacarias, que participou do Mr. Lee, posteriormente integrante dos Almôndegas, Saracura e atualmente nos Papas da Língua), e Jakka (percussão). Transitando entre o rock, o blues, a mpb, o tango, entre outras milongas, sempre com uma pitada “latina” a la Carlos Santana, fazia um som bem lisérgico e com muita energia. Destaque para “Dói em mim” e “A Margarida do Brejo”. A banda terminou quando Zé foi convidado para integrar os Almôndegas em 77, mudando-se para o Rio de Janeiro.
- Élbia: cantora que fez parcerias com o jornalista, radialista e músico Jimi Joe, apresentou-se no último show do Mr. Lee, realizado no Teatro Leopoldina, em 76, tinha uma música maravilhosa, que não deixava nada a desejar em relação à Rita Lee da fase Tutty Frutti, chamada “Como meu quociente de pureza se manifestou diante da Sociedade”.
- Gilberto Travi e o Cálculo IV: MPB com pitadas de Jazz e blues, com letras inteligentes e provocativas, nas quais eram utilizadas muitas das gírias dos anos 70, com um especial sotaque portoalegrense. Participou em todos os shows do Mr. Lee. Gilberto chegou a ser convidado por Liminha para gravar um compacto pela Warner, que havia se separado da Gravadora Continental, na época, e estava criando o seu cast, o que só não rolou em face da falta de garantias financeiras mais sólidas, além da exigência de que abandonasse a banda que sempre o acompanhou. Posteriormente, junto com o próprio Júlio Fürst, com Beto Roncaferro, e com João Antônio, formou os Discocuecas, banda impagável de “gozação” e “tiração de sarro”, na qual restou muito bem canalizada a face humorística que Gilberto também explora como compositor e performer. Em sua faceta “séria” destaca-se, no repertório de “Gilberto Travi e o Cálculo IV”, “Poluição” e “Pretensão”.
- Hermes Aquino: sensacional cantor e compositor, traçava o que viesse, do blues/rock à guarânia. Em sua fase tropicalista, nos anos 60, foi pra Sampa e orbitou em torno dos poetas concretistas, junto com sua prima Laís Marques e com Carlinhos Hartlieb, fechando parcerias com Tom Zé e o grupo o Bando. Depois voltou para o Sul e foi um dos principais nomes dos shows do Mr. Lee. Em face desta visibilidade, gravou pela Tapecar as músicas Nuvem Passageira e Matchu Pitchu, sendo que a primeira foi trilha da novela Casarão, primeiro lugar nas paradas de sucesso nacionais. Desentendendo-se posteriormente com a gravadora Capitol, que lançou seu segundo LP, recolhendo-se infelizmente em ostracismo em sua casa em Porto Alegre, o que vigora até hoje, para a tristeza de seus fãs.
- Utopia: Trio acústico à base de dois violões de aço (um deles de doze cordas) e violino, liderado por Bebeto Alves, contando também com os irmãos Ricardo e Ronald Frota. Difícil de classificar o seu som, feito de “viagens sonoras” típicas dos anos 70, com muito improviso e músicas intermináveis, me arriscaria a dizer que seu estilo era mais ou menos “psicodélico-acústico-progressivo”, com pitadas de jazz cigano (em entrevista que me concedeu, o Bebeto associou o som da banda ao Crimson de Robert Fripp). Desmanchou-se em 76 e lá por 78 teve nova formação, bem maior, e com uma proposta ligeiramente diferente da original, com Bebeto, Ricardo, Cao Trein, Zé Henrique Campani (que também foi dos grupos Emergência e Metamorfose, que participaram de shows do Mr. Lee) e até de Nico Nicolaiéwsky (passagem rápida), dentre outros. Lá por 79 Bebeto começou sua carreira solo.

Palcovivo Rockdivision 2001
Rock é Cultura

Vivendo a vida de Lee Part 1

Post histórico com a programação da rádio Continental AM dos anos 70, o primeiro de uma série...
Hermes Aquino, Zé Flávio & Mantra, Byzarro, Hallai Hallai, Fernando Ribeiro, Inconsciente Coletivo, entre outros...
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Big Star - #1 Record 1972



O Big Star foi formado em 1971 em Memphis, Tennessee, por Chris Bell (guitarra, vocais), Andy Hummel (baixo) e Jody Stephens (bateria). Pouco depois, o guitarrista e vocalista Alex Chilton (ex-The Box Tops) juntou-se a eles. Todos os quatro contribuíam nas composições e vocais, com Chilton e Bell como a principal equipe de colaboradores (inspirados na dupla Lennon/McCartney dos Beatles)

O nome da banda veio de um supermercado de Memphis, e só foi decidido durante as sessões de gravação de seu álbum de estréia, #1 Record, lançado em 1972. Problemas de distribuição com a gravadora Ardent Studios resultaram em vendas mínimas.

Bell, enfrentando problemas de depressão e desapontado com o fracasso comercial do álbum, deixou o grupo em 1972 para seguir carreira solo. Pouco depois o Big Star foi dissolvido por um breve período, retornando para lançar Radio City, em 1974, álbum que trazia duas das mais conhecidas canções da banda, "September Gurls" e "Back of a Car". Embora não-creditado, Bell contribuiu na composição de algumas canções, como "O My Soul" e "Back of a Car". Apesar de aclamado pela crítica, Radio City não vendeu bem; Hummel deixou a banda, sendo substituído por Jon Lightman.

Depois de gravar algumas faixas para um disco duplo no final de 1974, a banda novamente se separou. Third, como foi então chamado, só seria lançado em 1978.

Chilton e Stephens reuniram-se em 1993 com Jon Auer e Ken Stringfellow no lugar de Bell (que morreu em um acidente de carro em 1978) e Hummel (que largou a música para ser engenheiro-de-som) para tocar na Universidade de Missouri. Em seguida vieram turnês pela Europa e Japão. Em 2000 o Big Star foi apresentado a uma nova geração de fãs depois que uma versão de sua música "In The Street" foi usada como tema para o programa televisivo That 70's Show durante a temporada de 1998.

A nova formação da banda voltou ao Ardent Studios no começo de 2004 para gravar um novo álbum. Intitulado In Space, foi lançado em 27 de setembro de 2005.

Em 2010 morre Alex Chilton, de causas não reveladas, aos 59 anos.

Fonte: Wikipédia

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domingo, 30 de outubro de 2011

Emerson, Lake & Palmer: Progressive Rock Greats

Emerson, Lake & Palmer (ou ELP) é uma banda de rock progressivo britânica formada nos anos 70 por Keith Emerson (teclado), Greg Lake (guitarra, baixo e vocais) e Carl Palmer (bateria). Entrou para história da música por ser a primeira banda de rock a levar um sintetizador, na época um aparelho gigantesco, monofônico e analógico, para um show, em fins da década de 1960. Entre os seus sucessos, destacam-se From the Beginning, Lucky Man e Ces't la vie.
A banda foi formada em 1970. Seu nome quase foi Hendrix, Emerson, Lake, and Palmer (ou HELP). Em 1969, Keith Emerson estava tocando com os The Nice, e Greg Lake estava tocando com o King Crimson. Após tocarem nos mesmos concertos algumas vezes, os dois tentaram trabalhar em conjunto, mas perceberam que seus estilos não eram compatíveis, mas sim complementares. Eles desejavam se tornar uma banda composta por teclado, baixo e bateria, molde que Emerson já vinha desenvolvendo com o The Nice, e então saíram a procura de um baterista. Antes de confirmar Carl Palmer na banda, Mitch Mitchell (do The Jimi Hendrix Experience) foi contactado. Ele não se interessou mas passou a idéia para Jimi Hendrix. Hendrix, cansado de sua banda e querendo experimentar idéias diferentes, expressou interesse em tocar com o grupo. Por conflitos nas agendas dos músicos isso não foi possível inicialmente, mas o plano era unir Hendrix no Isle of Wight Festival (em 1970). Infelizmente Hendrix faleceu, reduzindo a banda à Emerson, Lake and Palmer.

Os primeiros quatro anos foram muito férteis em criatividade. Lake produziu os primeiros seis álbuns da banda, começando por Emerson, Lake and Palmer (álbum) em 1970, que continha o hit Lucky Man. Tarkus (de 1971), foi o primeiro álbum conceitual de sucesso da banda, descrito como uma história de evolução reversa. A gravação ao vivo de 1971 da interpretação da obra de Modest Mussorgsky Pictures at an Exhibition foi um sucesso, o que contribuiu para a popularidade da banda. O álbum de 1972 Trilogy continha o single mais vendido da banda, From the Beginning.

No final de 1973, o álbum Brain Salad Surgery foi lançado, se tornando o álbum de estúdio mais famoso da banda. As letras foram parcialmente escritas por Peter Sinfield, que foi o criador do conceito King Crimson e único letrista em seus primeiros quatro álbuns. As subsequentes turnês mundiais foram documentadas em uma gravação ao vivo tripla, intitulada Welcome Back my Friends to the Show that Never Ends.

Sua maior apresentação foi o modesto show Isle of Wight Festival, em agosto de 1970, um dos últimos grandes festivais da era Woodstock. No final da apresentação, Emerson e Lake atiram de dois canhões posicionados nas laterais do palco. Em abril de 1974, o ELP era a atração principal do California Jam Festival, sobrepondo banda como Deep Purple. O evento foi televisionado em todo os Estados Unidos, e é considerado como o auge da carreira da banda.

O som do ELP era dominado pelo órgão Hammond e pelo sintetizador Moog de Emerson. As composições da banda eram muito influenciadas pela música erudita do período clássico, com adições de jazz e hard rock. Pode-se dizer que, pelas citações clássicas, a banda se encaixa também no sub-gênero do rock sinfônico.

Em apresentações a banda exibia uma mistura de virtuosidade musical e desempenhos teatrais. Seus shows extravagantes e muitas vezes agressivos receberam muita crítica, apesar de espetáculos do rock posteriores terem extrapolado muito mais nesses quesitos. O teatro se limitava a carpetes persas, um piano girando e um órgão Hammond sendo molestado no palco (era sempre o mesmo órgão, modelo L100, sendo sempre reparado durante a noite para o próximo show). Outro fator incomum era que Emerson levava um sintetizador Moog completo (um enorme e complexo instrumento nas melhores condições) para as apresentações, o que adicionava grande complexidade para a realização das turnês.

O ELP parou por três anos para reinventar sua música, mas perdeu contato com a cena musical em transição. Fizeram turnês pelos Estados Unidos e Canadá em 1977 e 1978, com os álbuns “Works vol.2” e “Love Beach”, onde ocorreram certas críticas negativas da impressa e mesmo dos fãs mais incondicionais. No próximo período lançaram também inúmeras coletâneas e registros ao vivo: “Welcome back my friends to the show that never ends. Ladies and gentlemn: Emerson, Lake & Palmer” (74); “In Concert” (79) ; “Best of Emerson lake & Palmer” (80)para manter o contato direto com seu público. Mas com a expansão dos movimentos disco, punk e new wave, a banda não conseguiu mais se manter como inovadores da música. Eles terminaram a banda por conflitos pessoais.


Seu último álbum de estúdio foi Love Beach, em 1978, sendo ignorado pelo próprio trio, que admitiu que ele representava somente obrigações contratuais. Não somente a imprensa mas também os fãs consideraram que a banda estava cansada, algo que Lake admitiu em várias entrevistas. Side One consiste de várias músicas curtas, em uma tentativa de emplacar canções na cena pop. Em Side Two, Memoirs of an Officer and a Gentleman é uma narração de quatro partes da história de um soldado na Segunda Guerra Mundial, com tons de tragédia e triunfo. A capa do álbum mostrou o lado ridículo da banda, e Palmer cita que eles estavam parecendo os Bee Gees.
Retorno parcial

Em 1985, Emerson e Lake reformaram o Emerson, Lake & Palmer, e o chamaram de Emerson, Lake & Powell desta vez com o baterista de heavy metal Cozy Powell. Palmer não aceitou participar da reunião, preferindo se manter com o Asia. Rumores também ligavam Bill Bruford à nova formação, mas o ex-baterista do Yes estava com o King Crimson e seu novo grupo Earthworks. Emerson, Lake & Powell teve sucesso razoável, com o single Touch and Go gerando espaço nas rádios e na MTV. Apesar disso, a tensão já antiga entre Lake e Emerson resurgiu na turnê de 1986. Emerson e Palmer posteriormente se uniram a Robert Berry para formar a banda 3, que não obteve sucesso.


A formação original da banda resurgiu em 1992, com o álbum de volta Black Moon. As turnês de 1992 e 1993 tiveram bastante sucesso, culminando com a apresentação no Wiltern Theatre em Los Angeles no início de 1993. Mas nessa época Palmer estava sofrendo da síndrome do túnel carpal enquanto que Emerson estava em tratamento por lesão por esforço repetitivo e também sofreu um acidente de moto que afetou seriamente um tendão de sua mão direita, causando perda da habilidade técnica que antes possuía. Não foi surpresa que o álbum seguinte, In the Hot Seat (1994), não tenha tido muita resposta do público e da mídia, contendo composições modestas e performance fraca de Emerson.

Após sessões de fisioterapia e cirurgias, Emerson recuperou os movimentos da mão satisfatoriamente, de modo que o Emerson, Lake e Palmer pôde entrar em turnê novamente. As últimas turnês da banda foram em 1996, 1997 e 1998. Eles se apresentaram no Japão, América do Sul, Europa, Estados Unidos e Canadá. Seu último show foi em San Diego, Califórnia, em 1998. Conflitos sobre o novo álbum conduziram a um novo fim da banda. Lake insistiu em produzir o novo álbum, já que ele havia produzido todos os grandes álbuns do ELP na década de 1970. Emerson reclamava em público (pela Internet) que, apesar dele e Palmer estarem trabalhando diariamente para manter suas qualidades musicais, Lake não fazia o mesmo esforço.

Emerson fez turnê pelo Reino Unido com sua antiga banda The Nice durante 2003 passando a fazer apresentações com sua Keith Emerson Band de 2004 a 2006. Em 2008 finalmente lançou seu primeiro álbum de estúdio com canções inéditas desde Black Moon, intitulado Keith Emerson Band featuring Marc Bonilla, incluindo composições que fariam parte do álbum que o ELP pretendia lançar após sua última turnê. Palmer excursionou com a Carl Palmer Band, até retornar ao Asia em 2006 na volta de sua formação original. Lake fez turnê pelos Estados Unidos com Ringo Starr em 2001 e mais recentemente gravou com o The Who, voltando a eventuais apresentações solo.

Para surpresa de muitos, no final de 2009 a Classic Rock Magazine anunciou que ELP seria uma das atrações principais da primeira edição do High Voltage Festival. Tal evento foi realizado em julho de 2010 na cidade de Londres. Para o ELP veio a ser uma celebração dos 40 anos do grupo. Antecedendo o acontecimento, Emerson e Lake excursionaram pelos Estados Unidos no primeiro semestre desse ano apresentando novos arranjos de canções consagradas da banda. Segundo Lake, todos conversaram sobre a possibilidade de realizar novos shows e colaborar com novas composições após a apresentação no Festival, demonstrando que as diferenças do passado foram aparentemente superadas.
Membros Antigos

Keith Emerson - teclado (ex-Nice)
Greg Lake - guitarra, baixo, vocal (ex-King Crimson)
Carl Palmer - bateria, percussão (ex-Atomic Rooster

1970 - Emerson, Lake and Palmer
1971 - Tarkus (álbum)
1972 - Pictures at an Exhibition
1972 - Trilogy
1973 - Brain Salad Surgery
1975 - Lucky Man
1977 - Works Volume 1 (álbum duplo)
1977 - Works Volume 2
1978 - Love Beach
1986 - Emerson, Lake and Powell (como Emerson, Lake & Powell)
1988 - To the Power of 3
1992 - Black Moon
1994 - In the Hot Seat

Fonte: Wikipédia
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Atlantis - It's Getting Better 1973

Banda de rock progressivo alemã com a cantora Inga Rumpf.
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sábado, 29 de outubro de 2011

Uriah Heep - Demons and Wizards 1972

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Genesis - Progressive Rock Greats


Origem: Godalming, Surrey, Inglaterra
País: Reino Unido
Gêneros: Rock progressivo
Rock neoprogressivo
Rock sinfônico
Pop rock
Soft rock
Art rock
Período em atividade: 1967 - 1999; 2006 - atualmente
Gravadora(s): Decca Records
Charisma Records
Virgin Records
EMI Records
Atlantic Records
Página oficial: www.genesis-music.com
Integrantes:
Mike Rutherford
Tony Banks
Phil Collins
Chester Thompson
Daryl Stuermer
Ex-integrantes:
Ray Wilson, Peter Gabriel, Steve Hackett, Anthony Phillips, Chris Stewart, John Silver, John Mayhew

Genesis é uma banda britânica de rock progressivo formada em 1967, quando os seus fundadores Peter Gabriel, Mike Rutherford, e Tony Banks ainda estudavam na Charterhouse School. O grupo alcançou enorme sucesso nas décadas de 1970, 1980 e 1990.

Com aproximadamente 150 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, a banda Genesis está entre os trinta maiores artistas de todos os tempos. É amplamente conhecida por duas fases musicais diferentes. Na fase inicial da carreira, suas estruturas musicais complexas, instrumentação elaborada e apresentações teatrais a tornou uma das bandas mais reverenciadas do rock progressivo na década de 1970. Criações clássicas da banda nesse período incluem a canção de 23 minutos "Supper's Ready" do álbum Foxtrot de 1972, além do álbum conceitual de 1974 The Lamb Lies Down on Broadway. A partir da década de 1980, sua música tomou um caminho distinto em direção ao pop, os tornando mais acessíveis para a cena musical.

Em 18 de outubro de 2006, a BBC anunciou que os membros do Genesis, incluindo Phil Collins, Mike Rutherford e Tony Banks, aceitaram reunir-se para uma turnê mundial e explorando a possibilidade de gravação de um novo material.
A presença marcante de Peter Gabriel nos palcos foi um dos fatores de sucesso da primeira fase da banda.

Os Genesis gravaram o seu primeiro álbum From Genesis to Revelation em 1968 depois de fazerem um acordo com Jonathan King, um compositor e produtor que teve um single de êxito na altura chamado "Everyone's gone to the moon". A banda gravou uma série de músicas reflectindo o estilo pop leve dos Bee Gees, de quem King era grande admirador, tendo King juntado estas músicas num pseudo álbum conceptual juntando-lhe arranjos de cordas. O álbum foi um terrível fracasso e a banda sentindo-se manipulada por King disse-lhe que se tinham separado, de modo a conseguirem quebrar o contracto que tinham com ele. Até hoje King é abominado pela banda e seus fãs, por dizer que foi ele quem deu nome ao grupo e por ter sempre tentado ganhar os direitos do primeiro álbum para regravação.

A marcha dos Genesis continuou, tocando onde conseguiam. Acabaram por fazer outro contrato com a Charisma Records. Devido às actuações ao vivo a banda começou a ser conhecida por melodias hipnóticas, que eram muitas vezes também, escuras, assombradas e com uma sonoridade medieval, Anthony Philips deixou a banda em 1970 a seguir ao lançamento de Trespass devido a discordâncias quanto ao rumo que a banda estava a seguir e a episódios de medo do palco. A partida de Phillips foi bastante traumática para Banks e Rutherford que devido a Phillips ser um membro fundador, tinham dúvidas sobre se deveriam ou não continuar sem ele. Eventualmente os restantes membros reuniram-se renovando o compromisso com os Genesis e afastando John Mayhew no acordo. Steve Hackett e Phil Collins juntaram-se ao grupo após terem respondido a anúncios no Melody Maker e realizado audições com sucesso. Em 1971 editam Nursery Cryme.

Em 1972 é editado o álbum Foxtrot que continha a faixa de 23 minutos “Supper’s ready” e “Watcher of the skies” inspirado em Arthur C. Clarke; a reputação dos Genesis como compositores e intérpretes sai solidificada. A presença em palco extravagante e teatral de Peter Gabriel que envolvia numerosas mudanças de vestuário e histórias surreais contadas como introdução para cada música, fizeram da banda uma das mais faladas no princípio dos anos 1970, principalmente no que dizia respeito a espectáculos ao vivo. Selling England by the Pound, editado em 1973, é aplaudido tanto pela crítica como pelos fãs por quem é normalmente considerado como o seu melhor trabalho. Clássicos como “Firth of Fifth” e “Cinema Show” seriam peças fundamentais nos concertos da banda durante muitos anos. A banda depressa se aventurou num projecto muito mais ambicioso, o álbum conceptual The Lamb Lies Down on Broadway, que foi editado em Novembro de 1974.

Peter Gabriel deixou a banda em 1975 a seguir à digressão de divulgação de The Lamb Lies Down in Broadway por se sentir cada vez mais separado da banda, tendo o seu casamento e o nascimento do primeiro filho ajudado a aumentar essa tensão pessoal. Os outros membros do grupo escreveram praticamente todas as músicas do álbum, tendo Gabriel limitado-se a escrever a história e as letras sozinho. O primeiro álbum solo de Gabriel, Peter Gabriel I de 1977 continha “Solsbury hill”, uma alegoria à sua saída dos Genesis.

Após considerarem vários substitutos para Gabriel, decidiram que Phil Collins iria substituí-lo, mudando assim a forma da banda de um quinteto para um quarteto. Para surpresa de muita gente, Collins provou ser o vocalista ideal para a banda, já que havia quem achasse que a banda cairia na miséria sem Peter Gabriel. A Trick of the Tail e Wind and Wuthering, editados com um ano de intervalo um do outro, foram bem recebidos na generalidade, demonstrando que os Genesis afinal eram mais do que uma banda de suporte do seu ex-líder. Bill Bruford, acabado de sair dos King Crimson, juntou-se ao grupo na digressão de 1976 como baterista e mais tarde, Chester Thompson (veterano dos Weather Report e de Frank Zappa) tomaria conta da bateria nos concertos, deixando Collins livre para o vocal.

Em 1977 Steve Hackett deixou o grupo. Para o seu lugar foi chamado Daryl Stuermer. A saída de Hackett reflectiu no título do álbum seguinte And Then There Were Three, pois o grupo passara a ser um trio. Este álbum iniciou também outra grande alteração, com a banda a afastar-se das músicas longas e a entrar no formato mais curto e amigável para as rádios; este álbum conseguiu o primeiro single de êxito nos Estados Unidos com "Follow you follow me". Seguiu-se Duke que atingiu a platina e que trouxe mais dois grandes êxitos para a banda, "Turn it on again" e "Misunderstanding". O êxito dos Genesis pelos anos 1980 estava assegurado, embora muitos fãs da era Gabriel se sentissem alienados. Cada álbum tornava-se mais e mais comercial e as audiências aumentavam na mesma proporção.

Dois anos depois de lançar Abacab, em 1981, o álbum Genesis ainda trazia algumas composições próximas no progressivo como "Mama" e "Home by the Sea", esta conhecida pelas duas versões, uma delas totalmente instrumental. Em 1986 é lançado Invisible Touch, de longe o maior sucesso de vendas do público, com mais de 20 milhões de cópias vendidas. Hits como "Invisible Touch", "Tonight Tonight Tonight", a romântica "In too Deep" e "Throwing It All Away" pegam de assalto as paradas de sucessos de todo o mundo, além do bem-sucedido videoclipe de "Land of Confusion" na MTV. Nos fins dos anos 1980 e princípios de 1990, a banda tocava regularmente em grandes estádios por todo o mundo e em Julho de 1987, tornaram-se mesmo os primeiros a tocar quatro noites seguidas no estádio de Wembley.

Os concertos da banda aumentaram consideravelmente devido à sua aderência à tecnologia de ponta. Os Genesis foram a primeira banda a usar "Vari*Lites", ecrãs gigantescos e o sistema de som "Prism", todos eles agora, objectos normais em qualquer grande espectáculo.
Com a saída de Collins, Ray Wilson é escolhido para o substituir.

Entretanto, Collins tornou-se uma super estrela, ao manter paralelamente uma enorme carreira a solo, na produção, como actor televisivo, designadamente na série Miami Vice, tocando bateria como convidado em digressões de Robert Plant e Eric Clapton. O seu sucesso a solo pode ter influenciado o sucesso e a direcção musical dos Genesis. Muitos terão visto o dobrar dos sinos da banda quando Collins abandonou o grupo em 1996. Banks e Rutherford continuaram e elegeram o ex- Stiltskin Ray Wilson para o substituir. O álbum Calling All Stations vendeu bem em toda a Europa mas não teve grande sucesso nos Estados Unidos, onde o hip-hop, o rock alternativo e o teen pop suplantavam o rock clássico nas tabelas de vendas. Por este motivo o grupo cancelou uma digressão que estava planeada para esse país.

Para todos os efeitos a banda dispersou-se, mas os seus membros individualmente (incluindo Phillips e Hackett, mas excluindo Gabriel) continuam a manter contactos regulares e não puseram de parte a eventualidade de uma reunião. Tony Banks diz que a banda está a descansar, e Collins, que entretanto começou a perder a audição de um ouvido, diz estar esperançado que a formação original, incluindo Gabriel possam vir a tocar juntos outra vez.

A formação clássica gravou em 1999 uma nova versão de "Carpet crawlers" (embora o tivessem feito separadamente) para um Greatest Hits, e a maioria dos membros originais envolveram-se na edição de Archive, uma compilação em duas caixas de CDs.

Alguns pronunciamentos de Collins, Hackett e Gabriel no final de 2005 sobre um provável retorno do grupo e um encontro entre os membros da banda na Suíça em janeiro de 2006 estimularam as especulações dos fãs do grupo acerca de um possível regresso. Apesar de um desmentido da produtora da banda sobre esse fato, rumores sobre uma possível reunião em meados de 2007 circularam na Internet durante quase todo o ano de 2006.

Após muita especulação sobre a reunião, Tony Banks, Phil Collins e Mike Rutherford anunciaram a turnê de reunião "Turn It On Again" em 7 de novembro de 2006, quase quarenta anos após a formação da banda. Foi confirmado que a primeira parte da turnê seria na Europa, em doze países, começando em Helsinki, Finlândia em Junho de 2007 e terminou em Roma, Itália em Julho. A turnê então seguiu para os Estados Unidos para mais vinte concertos, encerrando-se em Outubro de 2007.

A ideia original era reunir também Peter Gabriel e Steve Hackett e executar a turnê para The Lamb Lies Down on Broadway. A princípio, Peter Gabriel aceitou o convite para apresentar-se, mas não gostaria de comprometer-se com a turnê, o que acabou levando a sua saída da reunião. Hackett também recusou o convite mas mantém boas relações com o resto da banda. Em seu sítio oficial o músico expressa, inclusive, desejo de sucesso na reunião do Genesis. Diante disso, a formação da turnê foi a que vem se repetindo desde 1978: Phil Collins (voz e bateria), Tony Banks (teclados e vocais), Mike Rutherford (baixo, guitarras e vocais), Daryl Stuermer (guitarras, baixo e vocais) e Chester Thompson (bateria e sampler).

A banda e o produtor Nick Davis estão re-lançando álbuns antigos em 2007 no formato box-set pela Virgin Records, de Trespass a Calling All Stations, no formato 5.1. Um DVD também terá material extra incluindo vídeos promocionais e novas entrevistas sobre o período de lançamento de cada álbum presente.

Em 2008 foi lançado um DVD duplo com o show ocorrido em Roma, no encerramento da turnê europeia. Ele mescla sucessos da formação clássica (In The Cage, Afterglow, Cinema Show, The Carpert Crawlers, Los Endos, etc.) com os hits comerciais dos Anos 80 e 90 (Land of Confusion, Invisible Touch, No Son of Mine, etc.).

Pesquisa: Luis Henrique Brandão & Iben Ribeiro
Fonte: Wikipédia

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