sexta-feira, 14 de março de 2008

POA, à noite, uma vez


Paulo Lata Velha e Tenison Ramos, tocando na noite porto-alegrense


Comentando com meu parceiro Lata Velha sobre a morte do também parceiro musical de algumas idéias e sonhos Tenison Ramos, nós lembramos de um tempo em que freqüentar casa com música ao vivo tinha glamour. Ouvia-se boa música, de forma intensa, vibrando em silêncio e aplaudindo!

Perdemos um grande músico, que viveu tudo isso. Será que ele encheu o saco disso tudo que tá aí? Bem, quem viu e ouviu sabe do que eu estou falando. Ele era o molho ("Pomarola") para qualquer som de responsa.

Valeu, amigo! Ainda ouvimos a tua risada.

- Mírian Ribeiro, com Paulo Lata Velha e Iben Ribeiro



(Homenagem da PalcoVivo ao músico Tenison Ramos, que fez sua "passagem" recentemente.)


Um comentário:

ricardo kichmam disse...

Seu estereótipo até assustava os que não o conheciam. Os que não o conheciam...
À primeira vista tinha forma de muralha. Porém, daquelas, que, com a ponta da unha, pode-se cavar um orifício.
Que mistérios escondia tal barreira?
Meu parceiro, meu amigo. Recente, por isso desconhecido da maioria.
Minha relação com Tenison mudou muito, depois de uma gravação. Havíamos acabado de arranjar e gravar uma composição sua. Uma homenagem a Porto Alegre.
Quando estava eu mixando, olhei para trás e para minha surpresa ele estava chorando.
Descobri então o homem frágil, sensível e delicado.
No dia em que ele viria a passar mal à noite, havia eu conversado com o Tenison por telefone, dividimos expectativas de tocarmos junto em meu show. Fiquei triste...

Ele dizia: “Eu gosto mesmo é de tocar, e se for samba, melhor ainda”.

Há se tu pudesses me ouvir amigo!

Enéias Bittencourt ( 17/03/2008 )